domingo, março 20, 2011
DIZER O NOME DE QUEM VAI FAZER
Principalmente em missas mais importantes, com grande afluxo de pessoas vindas de diferentes lugares, existe muitas vezes, em nossas igrejas, o costume de dizer o nome de quem vai proclamar a palavra de Deus. “Quem vai fazer a leitura é fulano...”, proclama lá na frente o(a) comentarista para toda a assembléia reunida.
O nome de alguém sempre foi muito importante. Ele representa a própria pessoa. E dizer o nome da pessoa, conseqüentemente, significa colocá-la como que em primeiro plano, dar-lhe destaque frente à assembléia. É muito importante.
A Constituição sobre a Liturgia, do concílio Vaticano II, nos ensina que, “é Cristo mesmo que fala quando se lêem as Sagradas Escrituras na Igreja” (SC 7). Portanto, quando na liturgia se fazem as leituras, se canta o salmo e se proclama o Evangelho, é Cristo mesmo que se comunica com seu povo reunido. Ele é o personagem central, o grande protagonista da ação litúrgica. “Na liturgia Deus fala a seu povo. Cristo ainda anuncia o Evangelho” (SC 33). É o que nos ensina a Igreja.
Assim sendo, quando o(a) comentarista diz o nome da pessoa que vai proclamar a palavra de Deus na liturgia..., sabe o que acontece? Acontece uma espécie de deslocamento de eixo, um “desvio de atenção” em relação Àquele que deveria ser o personagem central e único do momento celebrativo. A atenção que deveria ser voltada toda só para o Senhor que nos fala, para a sua Palavra, essa atenção de repente é desviada, mesmo que seja por um instante só, para o nome da pessoa que vai fazer a leitura. O nome da pessoa tomou o lugar da Palavra... Aconteceu uma espécie de “ruído” teológico-litúrgico, uma desconcentração.
Pensemos! Naquele momento, no momento da Palavra, importante mesmo, mais importante que tudo, e que unicamente merece destaque, é o Nome por excelência, isto é, o Verbo que nos fala! Por isso, vale aqui aquela máxima do profeta João Batista: “É necessário que ele cresça e eu diminua” (Jo 3,30). É necessário que a Palavra apareça, e quem a proclama diminua.
Assim sendo, por causa da insubstituível dignidade que a palavra de Deus tem, fica claro que se deve realmente evitar dizer o nome da pessoa que vai fazer a leitura na missa ou em outras celebrações litúrgicas. E assim estaremos também colaborando para que a Palavra, acima de tudo ela, apareça e cresça em toda a sua pujança no coração da assembléia litúrgica!...
E se você fizer questão de dizer o nome do leitor ou da leitora, faça-o talvez antes de a missa começar, mas não em plena celebração da liturgia. Por que? Você já sabe!... Por causa da importância central da Palavra na celebração litúrgica, tão enfatizada pelo concílio Vaticano II há quarenta anos já passados.
Perguntas para reflexão pessoal e em grupos:
1) Em sua comunidade, há o costume de dizer o nome da pessoa que vai fazer a leitura durante a liturgia?
2) O que acontece de importante na hora em que se proclama uma leitura na missa ou em outras celebrações litúrgicas?
3) Por que então se deveria evitar dizer o nome da pessoa que vai proclamar a Palavra, durante a celebração?
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Um pouco da história...
- Paróquia Santa Fé
- A Paróquia Santa Fé foi criada em 10 de Novembro de 1999 e está localizada junto ao Bairro Santa Fé, na região Norte de Caxias do Sul. Fazem parte da Paróquia as seguintes comunidades: Santa Rita de Cássia (Santa Fé) Nossa Senhora Consoladora (Centenário I) Senhor Ressuscitado (Centenário II) São Luiz Santo Antônio da 7 ° Légua, Nossa Senhora das Dores São Peregrino (Parque Alvorada) Nossa Senhora do Pedancino da 7ª Légua Nossa Senhora de Guadalupe (Brandalise) São Francisco (Vila Maestra) Nossa Senhora Aparecida (Belo Horizonte) Imaculado Coração de Maria (Vila Ipê) Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (Canyon) São Marcos (Veneza)e Nossa Senhora das Graças (Colina do Sol).
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