Durante todo o mês de julho, a Diocese de Caxias do Sul celebra o Mês do Dízimo. É um tempo especial, marcado por uma programação específica com o objetivo de despertar todos os fiéis da diocese para a consciência de que somos membros de uma comunidade e, portanto, temos uma responsabilidade frente a ela. É interessante notar que mesmo depois de tantos anos dedicando um mês inteiro para a reflexão sobre o dízimo, tantos católicos ainda não compreendem bem o que significa essa dimensão da nossa caminhada.
Você sabe claramente o que significa o dízimo? Como tem sido a sua experiência como dizimista?
Para entender o dízimo hoje é preciso ter em mente duas coisas fundamentais:
1) Tudo o que somos e o que temos vem de Deus, nada é nosso tudo nos é dado gratuitamente por Deus;
2) Nós pertencemos a uma comunidade, não vivemos sozinhos, participamos de uma comunidade e somos responsáveis por ela.
Assim, o dízimo, para nós dizimistas, assume os seguintes significados:
- Ato de louvor a Deus. O dízimo expressa nosso amor e fidelidade ao Pai;
- Reconhecimento de que tudo o que temos vem de Deus. Nada é nosso. Tudo o que “conquistamos” foi-nos dado por graça de Deus;
- Comunhão com os irmãos. O que temos foi-nos dado para ser colocado em comum para que cada um receba segundo as suas necessidades. Dízimo é partilha. E partilhar não é dar o que nos sobra, mas dar o que o outro precisa.
Por outro lado, para quem administra o dízimo, ele tem o significado de manutenção. É o que torna possível a vivência das três dimensões da ação evangelizadora da Igreja: dimensão religiosa, dimensão missionária e dimensão social, que vamos abordar posteriormente.
Você já tinha se deu conta do quanto o dízimo é necessário para o sustento de sua comunidade?
É preciso tomar cuidado com algumas idéias erradas que alguns ainda têm sobre o dízimo.
Não é imposto. A Igreja não cobra impostos de seus fiéis. Como vimos, devolver o dízimo não siginifica tirar 10% de tudo o que ganhamos. Dízimo é partilha, é ir ao encontro das necessidades da sua comunidade.
Não é mensalidade. Não podemos pensar no dízimo como uma mensalidade obrigatória para a participação na Igreja. Em um clube, é obrigatório o pagamento da mensalidade para que você possa entrar e se divertir nele. O não pagamento da mensalidade implica na perda do direito de utilizar o clube. Na Igreja, não existe mensalidade. A Igreja está aberta e sempre estará aberta à participação de todos. O Dízimo é uma oferta livre e expontânea. Sinal do nosso compromisso com Deus e com a comunidade.
Não é investimento. Precisamos ter muito cuidado com uma idéia de dízimo como um investimento. “Vou dar o meu dízimo para que Deus me abençoe e me dê tudo o que quero”. Em muitos lugares as pessoas são enganadas com esse tipo de proposta: “Pague o seu dízimo e você verá o que Deus irá fazer em sua vida!”. E, assim, as pessoas dão tudo o que tem com o interesse de que Deus lhes dê um bom emprego, uma casa nova, um carro de luxo, etc. Dízimo é ação de graças, é reconhecimento de que tudo o que temos vem de Deus. Nada é nosso.
Diante de tudo isso, nos resta fazermos uma análise de nossa vida e pensarmos se estamos realmente comprometidos com a obra de Deus, comprometidos com a Igreja, comprometidos com nossa comunidade. Dízimo é sinal de compromisso. É sinal de fidelidade ao projeto de Deus. É sinal de responsabilidade pela comunidade em que eu participo.
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